sexta-feira, 5 de agosto de 2011

E a vida, o é diga lá meu irmão..

Olhando o facebook, o álbum de fotos que traz muitas recordações fiquei pensando sobre algumas. Por exemplo, se eu pudesse voltar naqueles momentos das fotos, eu teria feito alguma coisa diferente? Com o meu olhar de hoje provavelmente sim, eu não teria amado as mesmas pessoas com a mesma intensidade, eu não teria dado tanta atenção a amizades efêmeras, eu não teria falado as mesmas coisas, nem tomado as mesmas bebidas, eu não teria engordado, não teria tido crises de ciumes, eu não teria me encantado, apaixonado, nem muito menos teria sofrido por pessoas que não mereceram seque minha preocupação, quanto mais minhas lágrimas. Por outro lado, se eu não tivesse feito tudo isso, eu não seria Zenaide Lôbo, porque eu me entrego me apaixono e me encanto com a facilidade de quem ganha um doce, e sou chorona, nossa como eu sou chorona, embora não deixe ninguém ver quando minhas lágrimas escorrem. Eu me encanto com coisas novas tal qual criança com boneca nova, assim como me encanto com pessoas, posso até enjoar delas depois, mas o sabor da novidade me encanta. E sou humana, erro e por vezes, deixo de lado pessoas que quando eu caio são as primeiras a me estender a mão, ou não, às vezes eu as perco também, e sinto itensa e imensamente a dor de tal perca. E assim como a boa Zenaide Lôbo que sei ser, eu extingui qualquer filtro que havia entre a minha boca e a minha mente, e isso me gera problemas muitas vezes, afinal, “quem fala o que quer ouve o que não quer”. Eu fui me afastando de tudo aquilo que me fazia mal, de todos aqueles que me faziam sentir inferior, de todos os que despertavam a incapacidade, de tudo que me engordasse, em alguns aspectos tive maior sucesso do que em outros, mas esse afastamento também teve seqüelas graves não ao meu corpo, mas primordialmente a minha mente e ao meu espírito. Fui congelando meu coração, me tornando gélida e aparentemente despretensiosa, será que haverá alguém capaz de quebrar esse gelo? Haverá alguém capaz de arrancar as mágoas antigas, de limpar a área coronária e tentar um novo começo? No momento, com todo o pessimismo que me ronda e a nostalgia mesmo das coisas ruins, acho pouco provável que aja pessoa tão empenhada em curar as feridas tão antigas e tão profundas do meu peito. E assim eu vou seguindo, sentindo falta daquele amigo, daquele beijo, daquele último gole, daquele último toque, da última briga, do último adeus, do último pedido de desculpas, do último abraço, todos os últimos, até que venham os próximos.

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