sábado, 28 de maio de 2011

Aos 20, o que mudou?

Essa semana eu completei 20 aninhos, e assim como mais um ano que acaba várias questões vieram à tona em minha mente. Quanto às questões futuras, só vejo a frente muito trabalho a fazer; um artigo para escrever, uma Semana de História para participar, um evento de cunho Internacional para organizar, as provas bimestrais para elaborar, enfim, eu poderia escrever um texto inteiro sobre as coisas que tenho a fazer, mas minha viagem essa semana foi mais filosófica: aos 20 o que mudou?
Eu na verdade sei o que não mudou. Meu corpo, meu rosto, minha rotina, nada disso mudou por enquanto. Eu descobri que aos 20 ainda me emociono com as mesmas coisas, ainda escuto as mesmas músicas, ainda sinto falta das mesmas pessoas, ainda tenho as mesmas obrigações, ainda necessito das mesmas coisas, ainda tenho minhas melhores idéias dentro dos ônibus lotados.  Aos 20, eu continuo uma menina boba, cheia de sonhos e esperanças, ainda tento me fazer de forte pra chorar escondida quando ninguém está vendo. Ainda assisto as mesmas séries, ainda torço pro mesmo time e ainda não fui ao estádio (como eu gostaria de ter ido), ainda tenho músicas tema para cada sentimento que se rebela em mim, ainda me surpreendo com as pessoas e mesmo assim continuo tendo esperanças nelas.
Aos 20 eu descobri que não adianta se desesperar por causas impossíveis, quando elas se tornarem possíveis vão chegar até você; descobri que as coisas que verdadeiramente valem a pena, são aquelas a que geralmente não damos o devido valor; descobri que monografia envelhece a gente em pelo menos 10 anos, consequentemente, aos 20 descobri meus primeiros cabelos brancos. Aos 20 já tive minhas decepções, já tive minhas alegrias, já tive minhas perdas, mas o que mais dói, é saber que aos 40 tudo isso vai está dobrado.
Eu vi um filme uma vez que falava de uma menina que pulava dos 13 anos para os 30 (De repente 30 – é o nome dele, super recomendo), essa semana senti meio que isso, sendo que dos 12 para os 20. Parece que passou tão depressa, que eu me peguei me perguntando se eu perdi alguma coisa. E eu perdi? Devo ter perdido. Para cada opção que tomamos na vida, perdemos outras duas ou três. Mas aí vem a esperança, a esperança de que todos os esforços e todos os caminhos perdidos um dia serão recompensados, a esperança de que para esse perdidos virão novos, melhores e renovados. Enfim, a esperança...
E você, o que sentiu ao completar duas décadas de existência?

Um comentário:

  1. Lindo texto Zê... é realmente estranho perceber que já temos 20 anos!
    dá uma visitinha no meu blog
    http://robsjournals.blogspot.com/2011/05/la-vision.html

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